Casagrande anuncia Ferraço como vice para o governo do ES


Ricardo Ferraço (PSDB) disse que aliança se deu pela confiança mútua entre eles e destacou que não há nada conversado sobre futuro

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) anunciou, nesta terça-feira (19) que o ex-senador Ricardo Ferraço (PSDB) será seu vice na chapa para disputar a reeleição este ano.

O PSDB de Ferraço está federado com o Cidadania. Por isso, Casagrande afirmou que o ex-senador entra em sua chapa representando os dois partidos.


Ricardo Ferraço (PSDB) garantiu que a construção da aliança ocorreu de forma natural, sem planejamento prévio, e que pretensões eleitorais para 2026 não entraram em discussão. No mercado político, tão logo Ferraço foi confirmado como pré-candidato a vice de Casagrande, já surgiram especulações em torno do nome dele para uma eventual sucessão do socialista daqui a quatro anos, caso o governador seja reeleito em outubro deste ano.

TRAJETÓRIA DE 40 ANOS NA POLÍTICA

Ferraço está há três anos e meio na planície. Desde que deixou o mandato de senador, no início de 2019, passou a atuar na iniciativa privada, inclusive como consultor empresarial. Mas sua carreira na política foi construída ao longo dos últimos 40 anos, com início em 1982, quando assumiu seu primeiro mandato eletivo como vereador de Cachoeiro de Itapemirim. Ele seguiu a tradição familiar, já que é filho do deputado estadual e ex-prefeito de Cachoeiro Theodorico Ferraço (PP).


De lá para cá, foi deputado estadual por dois mandatos (de 1991 a 1999), período em que foi eleito presidente da Assembleia Legislativa, e chegou à Câmara dos Deputados em 1999, depois de se eleger com recorde de votos em 1998. Em seguida, passou por diversas secretarias estaduais, incluindo Agricultura e Infraestrutura, na primeira gestão do ex-governador Paulo Hartung (sem partido), com quem compôs a chapa vencedora na disputa ao governo do Estado nas eleições de 2006.


Com essa trajetória, Ricardo Ferraço assumiu o posto de vice-governador, em 2007, já sendo cotado para suceder Hartung. Porém, em 2010 foi retirado da disputa a governador em meio a acordos que o levaram a apoiar Casagrande para o governo e a concorrer ao Senado, sendo eleito para um mandato de oito anos.

Agora, a história se repete, com ele sendo novamente cotado para concorrer à sucessão do parceiro de chapa, ainda antes da disputa eleitoral ser consolidada. Isso porque, se for reeleito este ano, Casagrande não poderá concorrer novamente ao governo em 2026.


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